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Foto: Sandro Batista - AEN |
Pelas ruas estreitas do Engenho Velho da Federação, aconteceu
nesta terça-feira (15) a XII Caminhada Pelo Fim da Violência, da
Intolerância Religiosa, Pela Paz. O evento contou com a participação de
31 terreiros de Candomblé locais, além de representações e lideranças religiosas.
Entoando cânticos sagrados da religião, herança cultural e religiosa de base
africana e afro-brasileira, seguiram pelo entorno do bairro.
Com roupas rituais na cor branca, os participantes pediam
paz, respeito às religiões de matriz africana, fim do racismo, do sexismo e
homofobia. Os foguetes anunciaram e milho branco foi jogado para abrir os
caminhos e iniciar o percurso. Crianças foram à frente da caminhada segurando
faixas e pombas brancas. Nesta edição, o tema foi "Professoras e professores, alicerces e pilares da educação". Os professores foram lembrados por
serem os protagonistas na formação educacional, entendida como um direito básico
e fundamental da vida.
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Foto: Sandro Batista - AEN |
A professora Marta Gonçalves, moradora do bairro, acompanhou a caminhada e disse concordar com o tema. “Desta forma, as lideranças religiosas de matriz
africana sempre entenderam como primordial o acesso à educação, se tornando
muitas delas, professoras e professores no âmbito do ensino formal, mas também
nos espaços dos terreiros”, afirmou.
O atual momento político brasileiro também teve espaço no evento. A PEC 55, que tramita no Senado Federal, foi alvo de protesto. “O povo de santo tem uma proposta pra Salvador, estamos contra a PEC que congela as
despesas do Governo Federal por até 20
anos prejudicando a saúde e a educação, dentre outros direitos nossos já garantidos,
previstos na Constituição”, disse o ogan Edvaldo Santa Rita, do Terreiro do
Cobre e um dos organizadores da caminhada.
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