Salvador, Jequié e Cabaceiras sediam projeto sobre mandioca e cultura baiana

Os municípios de Salvador, Jequié e Cabaceiras do Paraguaçu sediam, simultaneamente, até sábado (22) o projeto Cultura na agricultura: Mandioca entre a tradição e a ciência, do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural (IPAC). As atividades são denominadas de Semana de Ciência e Tecnologia, incluindo exibição de vídeos, palestras e debates sobre a cultura baiana e o cultivo e processamento da mandioca. "É uma temática presente e importante para as populações de várias regiões da Bahia e do Brasil", afirma a socióloga do IPAC, Jussara Nascimento, coordenadora da iniciativa.

Resultado de imagem para mandioca patrimônio imaterialO projeto foi vencedor do edital nº 01/2016 da Secretaria de Ciência e Tecnologia para Inclusão Social (Secis) do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e proporciona ainda o diálogo entre museus, população, órgãos municipais, estaduais e federais na Bahia. A entrada é gratuita e aberta a qualquer interessado.

Em Salvador, as atividades acontecem no Solar Ferrão, localizado na Rua Gregório de Matos. Em Cabaceiras, no Parque Histórico Castro Alves, antiga fazenda onde o poeta nasceu e que hoje funciona como museu do IPAC. Já em Jequié ocorrem no Museu Histórico da cidade, no centro da cidade.

Patrimônio imaterial: A mandioca, também conhecida em outras regiões brasileiras como aipim ou macaxeira, já era cultivada antes da colonização europeia. Segundo dados da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), o Brasil é hoje o quarto produtor do mundo, atrás somente da Nigéria, Tailândia e Indonésia. A sua cultura envolve amplos espectros da vida comunitária, social e econômica de milhões de brasileiros.

"O saber cultural acumulado de tudo que envolve a mandioca desde épocas pré-colombianas até hoje configura-se como um patrimônio imaterial brasileiro", lembra Jussara. O Nordeste está responsável por 35% da produção e o Norte por 24%. Os estados que mais produzem são Pará (18%), Bahia (17%) e Paraná (15%), seguidos por Rio Grande do Sul (6%) e Amazonas (5%). Porém a maior produtividade concentra-se no Sudeste e Sul, com médias entre 17 e 18 toneladas por hectare, com destinação industrial.

Fonte: Secult

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